Duas palavras usadas em nossa língua para designar o Senhor Jesus significam uma mesma coisa: Messias e Cristo. Ambas significam Ungido. A palavra “Messias” é a transliteração de uma palavra hebraica que tem sua raiz no verbo que significa "ungir", "untar", ou "esfregar". Já o termo “Cristo” foi transliterado da língua grega e também tem origem num verbo que significa “ungir”. Quando o Antigo Testamento foi traduzido para a língua grega, “messias” foi traduzido como “Cristo”.
Esta palavra indicava alguém ou algo que recebera unção. No Antigo Testamento coisas e pessoas eram ungidas. Jacó ungiu uma coluna entornando azeite sobre ela (Gn 28.18; 31.13); os bolos ofertados a Deus eram ungidos (em nossas versões a tradução é “untados”, Ex 29.2); o tabernáculo e todos os seu móveis também foram ungidos (Ex 40.9-11). As pessoas ungidas foram: os sacerdotes (Ex 29.4,7; Lv 4.16); profetas (Sl 105.15; 1 Rs 19.16), e os reis (1 Rs 19.16).
Com o tempo a palavra passou a ser um termo técnico, um título do rei que Deus levantaria para libertar seu povo. Isso é ilustrado quando é usado para Ciro, um rei pagão, que não passou pelo processo da unção dos reis de Israel. Mesmo assim ele é chamado de “ungido” pelo SENHOR, pois traria livramento para seu povo (Is 45.1-5). Ainda antes de haver rei em Israel a palavra é usada em paralelismo com o termo "rei" (1 Sm 2.10). Mostrava uma função diante da qual o sacerdócio seria exercido (1 Sm 2.35).
No Novo Testamento este título foi aplicado a Jesus (Mt 1.16), mas com o passar do tempo o título se tornou parte do seu nome, não era apenas "Jesus, o Cristo", mas "Jesus Cristo" (Mt 1.1). Esta dinâmica acontece em todas as línguas. Uma palavra que designa uma função se torna um título. Podemos citar como exemplo professor e pastor. Estas palavras designam funções, mas com o passar do tempo elas se tornaram títulos, de modo que alguém que desempenha algumas destas funções é chamada de Professor Fulado, ou Pastor Sicrano. E com o uso o título pode se incorporar ao nome. Alguém chegando à igreja e apontando para mim, perguntar “qual o nome daquele homem?”. Penso, que alguns responderiam: "Pastor Almir".
O modo mais comum para ungir era o de derramar ou aspergir óleo. Mas, o que era um ungido? Para responder a esta questão temos que entender o significado do ato da unção. Este era um símbolo e sinal de algo realizado por Deus. A unção sinalizava:
1) A escolha divina. Só poderia ser ungido aquele que o SENHOR havia escolhido. Tanto o sacerdote (Ex 20.7; 40.15), como o profeta (1 Rs 19.16), e o rei (1 Sm 16.1-13) eram ungidos porque Deus os escolhera para uma função. O ungido era um escolhido de Deus.
2) A autorização divina. O ungido adquiria direito à posição de ser o representante autorizado por Deus, de agir em nome de Deus. Quando Arão foi ungido sacerdote ele ganhou o direito a representar o povo diante de Deus (Ex 30.30; 40.13,15). Quando Saul foi ungido rei ele recebeu a autoridade para ser líder do povo representando Deus para o povo (1 Sm 15.1,17). Os profetas eram ungidos para proclamar a verdade de Deus (Is 61.1). O ungido era um escolhido e autorizado por Deus para ter uma posição.
3) A proteção divina. A unção separava e consagrava. O objeto ou pessoa ungida era separado, colocado à parte, para ser do SENHOR (Ex 29.1-37). Um laço específico era estabelecido entre o SENHOR e o ungido. Ele se era o representante de Deus diante do povo e representava o povo na presença de Deus. Por isso que Davi não quis matar Saul (1 Sm 24.6-11; 26.9-24), pois tocar no ungido era tocar no próprio SENHOR (Sl 105.15). Nas coisas ungidas, separadas para Deus, apenas os também ungidos poderiam tocar (Ex 40.9-11; Lv 8.10,11; Nm 7.10,11). Isto pode ser exemplificado nos casos da morte de Uzá por tocar na arca (2 Sm 6.6,7), e na morte dos meninos que zombaram de Eliseu. (2 Rs 2.23-25). O ungido era um escolhido, autorizado e protegido por Deus para uma posição.
4) A habilitação divina. O ungido era qualificado para a tarefa designada. Isto indica que os escolhidos eram incapazes para desempenhar as funções apontadas e dependiam da ação de Deus para equipá-los. Esta habilitação vinha com a presença do Espírito do SENHOR (1 Sm 10.6; Is 61.1-3). Deus dava de Si mesmo para equipar o ungido. O uso do óleo para ungir é significativo, pois nas Escrituras o óleo representa sempre o que é bom, forte e abençoado. O ungido era um escolhido, autorizado, protegido e capacitado por Deus.
5) A comissão divina. O ungido recebia uma tarefa para desempenhar. Para que alguém era ungido? Para ser sacerdote, rei ou profeta. O sacerdote tinha a função de representar o povo diante de Deus apresentando as ofertas de expiação e oficiando o culto (Ex 28.41; Lv 4.3,5). O rei representava Deus libertando (literalmente salvando), julgando e governando o povo de acordo com as leis de Deus (1 Sm 9.16; 10.1; Is 45.1,2). E o profeta representava Deus para o povo trazendo a palavra Dele, sendo o porta-voz de Deus ( Is 61.1) O que todas estas funções tinham em comum era o fato de serem mediadoras. O ungido mediava Deus para o povo e o povo diante de Deus. O ungido era um escolhido, autorizado, protegido, e habilitado por Deus para ocupar uma posição e desempenhar uma função, de representar Deus.
A leitura dos salmos sobre o ungido nos mostra como o povo idealizava seu rei. O ungido seria um rei sem igual, justo e santo, que teria um trono eterno (Sl 45.6,7). Seria um descendente de Davi (89.3,4,20; 132.10,17; 2 Sm 22.51). Um regente que dominaria a rebeldia das nações por ser constituído pelo próprio Deus, sendo considerado Seu filho (Sl 2). Um rei vitorioso (Sl 20.6). Este rei representava todo o povo de Deus, as vitórias e a salvação concedida a ele eram vitórias e salvação para o povo (Sl 28.8). Por isso que orações eram feitas em prol do ungido (84.9: 89.38,50,51).
Nenhum rei judeu cumpriu isto plenamente. Os ungidos do Antigo Testamento eram tipos do Ungido que ainda viria. Representavam de modo parcial o Ungido completo e final, o Messias prometido. O povo de Deus esperava o tempo quando Deus iria restaurar esta terra, redimindo-a do pecado. Aguardava um Messias que realizaria de modo pleno a salvação divina. Deus faria isto através de um Mediador escolhido, autorizado, protegido, habilitado por Ele para ser o sacerdote-profeta-rei ideal.
Esta era a esperança messiânica.
Esta palavra indicava alguém ou algo que recebera unção. No Antigo Testamento coisas e pessoas eram ungidas. Jacó ungiu uma coluna entornando azeite sobre ela (Gn 28.18; 31.13); os bolos ofertados a Deus eram ungidos (em nossas versões a tradução é “untados”, Ex 29.2); o tabernáculo e todos os seu móveis também foram ungidos (Ex 40.9-11). As pessoas ungidas foram: os sacerdotes (Ex 29.4,7; Lv 4.16); profetas (Sl 105.15; 1 Rs 19.16), e os reis (1 Rs 19.16).
Com o tempo a palavra passou a ser um termo técnico, um título do rei que Deus levantaria para libertar seu povo. Isso é ilustrado quando é usado para Ciro, um rei pagão, que não passou pelo processo da unção dos reis de Israel. Mesmo assim ele é chamado de “ungido” pelo SENHOR, pois traria livramento para seu povo (Is 45.1-5). Ainda antes de haver rei em Israel a palavra é usada em paralelismo com o termo "rei" (1 Sm 2.10). Mostrava uma função diante da qual o sacerdócio seria exercido (1 Sm 2.35).
No Novo Testamento este título foi aplicado a Jesus (Mt 1.16), mas com o passar do tempo o título se tornou parte do seu nome, não era apenas "Jesus, o Cristo", mas "Jesus Cristo" (Mt 1.1). Esta dinâmica acontece em todas as línguas. Uma palavra que designa uma função se torna um título. Podemos citar como exemplo professor e pastor. Estas palavras designam funções, mas com o passar do tempo elas se tornaram títulos, de modo que alguém que desempenha algumas destas funções é chamada de Professor Fulado, ou Pastor Sicrano. E com o uso o título pode se incorporar ao nome. Alguém chegando à igreja e apontando para mim, perguntar “qual o nome daquele homem?”. Penso, que alguns responderiam: "Pastor Almir".
O modo mais comum para ungir era o de derramar ou aspergir óleo. Mas, o que era um ungido? Para responder a esta questão temos que entender o significado do ato da unção. Este era um símbolo e sinal de algo realizado por Deus. A unção sinalizava:
1) A escolha divina. Só poderia ser ungido aquele que o SENHOR havia escolhido. Tanto o sacerdote (Ex 20.7; 40.15), como o profeta (1 Rs 19.16), e o rei (1 Sm 16.1-13) eram ungidos porque Deus os escolhera para uma função. O ungido era um escolhido de Deus.
2) A autorização divina. O ungido adquiria direito à posição de ser o representante autorizado por Deus, de agir em nome de Deus. Quando Arão foi ungido sacerdote ele ganhou o direito a representar o povo diante de Deus (Ex 30.30; 40.13,15). Quando Saul foi ungido rei ele recebeu a autoridade para ser líder do povo representando Deus para o povo (1 Sm 15.1,17). Os profetas eram ungidos para proclamar a verdade de Deus (Is 61.1). O ungido era um escolhido e autorizado por Deus para ter uma posição.
3) A proteção divina. A unção separava e consagrava. O objeto ou pessoa ungida era separado, colocado à parte, para ser do SENHOR (Ex 29.1-37). Um laço específico era estabelecido entre o SENHOR e o ungido. Ele se era o representante de Deus diante do povo e representava o povo na presença de Deus. Por isso que Davi não quis matar Saul (1 Sm 24.6-11; 26.9-24), pois tocar no ungido era tocar no próprio SENHOR (Sl 105.15). Nas coisas ungidas, separadas para Deus, apenas os também ungidos poderiam tocar (Ex 40.9-11; Lv 8.10,11; Nm 7.10,11). Isto pode ser exemplificado nos casos da morte de Uzá por tocar na arca (2 Sm 6.6,7), e na morte dos meninos que zombaram de Eliseu. (2 Rs 2.23-25). O ungido era um escolhido, autorizado e protegido por Deus para uma posição.
4) A habilitação divina. O ungido era qualificado para a tarefa designada. Isto indica que os escolhidos eram incapazes para desempenhar as funções apontadas e dependiam da ação de Deus para equipá-los. Esta habilitação vinha com a presença do Espírito do SENHOR (1 Sm 10.6; Is 61.1-3). Deus dava de Si mesmo para equipar o ungido. O uso do óleo para ungir é significativo, pois nas Escrituras o óleo representa sempre o que é bom, forte e abençoado. O ungido era um escolhido, autorizado, protegido e capacitado por Deus.
5) A comissão divina. O ungido recebia uma tarefa para desempenhar. Para que alguém era ungido? Para ser sacerdote, rei ou profeta. O sacerdote tinha a função de representar o povo diante de Deus apresentando as ofertas de expiação e oficiando o culto (Ex 28.41; Lv 4.3,5). O rei representava Deus libertando (literalmente salvando), julgando e governando o povo de acordo com as leis de Deus (1 Sm 9.16; 10.1; Is 45.1,2). E o profeta representava Deus para o povo trazendo a palavra Dele, sendo o porta-voz de Deus ( Is 61.1) O que todas estas funções tinham em comum era o fato de serem mediadoras. O ungido mediava Deus para o povo e o povo diante de Deus. O ungido era um escolhido, autorizado, protegido, e habilitado por Deus para ocupar uma posição e desempenhar uma função, de representar Deus.
A leitura dos salmos sobre o ungido nos mostra como o povo idealizava seu rei. O ungido seria um rei sem igual, justo e santo, que teria um trono eterno (Sl 45.6,7). Seria um descendente de Davi (89.3,4,20; 132.10,17; 2 Sm 22.51). Um regente que dominaria a rebeldia das nações por ser constituído pelo próprio Deus, sendo considerado Seu filho (Sl 2). Um rei vitorioso (Sl 20.6). Este rei representava todo o povo de Deus, as vitórias e a salvação concedida a ele eram vitórias e salvação para o povo (Sl 28.8). Por isso que orações eram feitas em prol do ungido (84.9: 89.38,50,51).
Nenhum rei judeu cumpriu isto plenamente. Os ungidos do Antigo Testamento eram tipos do Ungido que ainda viria. Representavam de modo parcial o Ungido completo e final, o Messias prometido. O povo de Deus esperava o tempo quando Deus iria restaurar esta terra, redimindo-a do pecado. Aguardava um Messias que realizaria de modo pleno a salvação divina. Deus faria isto através de um Mediador escolhido, autorizado, protegido, habilitado por Ele para ser o sacerdote-profeta-rei ideal.
Esta era a esperança messiânica.